Diga-me com quem tu andas e direi quem tu és
I Coríntios 15.33
-Introdução: O
tempo todo estamos em contato com pessoas e influenciamos sendo influenciados
mutuamente. Por isso é importante o discipulado para a formação da vida cristã. O que é Discipulado? Podemos
simplificar numa fórmula:
DISCIPULADO = Caráter X
Relacionamento
O
caráter de Jesus foi passado aos discípulos enquanto se relacionava com eles. Podemos ser discipulados e discipular alguém através
da convivência. Isso acontece conosco todos os dias. Existem vários tipos de
pessoas que nos cercam e que o influenciam em nossas ações e reações.
O propósito desta mensagem é mostrar pra você que o
discipulado é algo inevitável. O tempo todo você pode estar influenciando e
sendo influenciado por pessoas. Outro objetivo desta mensagem é ensinar como
lidar com diferentes tipos de pessoas aproveitando melhor os relacionamentos
para testemunhar de Jesus.
Você é
influenciável?
Sim. Todos são. Existem cinco tipos de pessoas ou
níveis de relacionamentos que nos influenciam o tempo todo:
2.
Associados: Pessoas que são semelhantes a você e também estão à
procura da bênção. Os associados são pessoas que somam com você e te completam
para ajuda mútua. A principal importância do associado é ser companheiro.
Muitas vezes os associados estão no mesmo grupo de discipulado e têm um mesmo
mentor.
3.
Discípulos: São aqueles que observam e seguem os seus passos na
caminhada cristã. Estes querem receber bênçãos de Deus através de sua vida.
Sempre haverá alguém que você pode ajudar assim como seu mentor te ajudou. Ao
mesmo tempo em que somos discípulos de alguém, também precisamos ter
discípulos.
4.
Simpáticos: São aqueles que gostam de ver você abençoado, mas
não te abençoam (mentores), não estão à procura da bênção junto com você
(associados) e nem querem receber bênçãos através de sua vida (discípulos). Não
têm compromisso. Apenas admiram sua fé, mas não se envolvem.
5.
Exaustores: Pessoas que estão sempre te
desgastando ou descarregando suas energias. Aqueles que te perseguem ou te
provocam para que perca a bênção. São chamados por alguns de ‘vampiros
emocionais’ por que sugam sua energia, esvanecem seus sonhos e quando está
perto de pessoas assim, você fica desanimado.
Quem
é você? Com quem tem andado?
Vamos refletir sobre estes cinco tipos de pessoas ou
níveis de relacionamento e como conviver aproveitando oportunidades para o
discipulado através do exemplo na vida de 3 personagens bíblicos:
Mentores: Samuel (I
Samuel 16.13), Natã (II
Samuel 12.7), Gade (I
Samuel 22.5);
Associados: Jônatas (I
Samuel 18.1), Husai (II
Samuel 15.37);
Discípulos: Salomão (II
Samuel 2.1), trinta valentes que o seguiam
(I Crônicas 11.11);
Simpáticos: as mulheres que cantavam
sobre ele (I Samuel 18.4-8), Joabe (II Samuel 11.18), Abner (II Samuel 3.20-22);
Exaustores: Golias (I Samuel 17.45), Saul (I Samuel 18.10-12), Mical sua esposa (II Samuel 6.16-20), Absalão (II
Samuel 13.30),
Nabal (I Samuel 25.10-13), Simei (II Samuel 16.5-13), Aitofel (II
Samuel 15.31).
Davi escolheu profetas de
Deus para serem seus mentores e pessoas confiáveis para serem seus associados. Era
um discipulador nato, pois treinou soldados fiéis para darem continuidade ao seu
trabalho como general do exército e preparou seu filho Salomão para assumir seu
trono. Também tinha muitos simpatizantes que admiravam sua coragem. Mas Davi
estava cercado de exaustores até dentro de casa. Sempre tinha alguém o
perseguindo.
Davi se relacionava com seus
mentores obedecendo a suas orientações. Apoiava-se em seus associados em momentos
difíceis de sua vida. Preocupou-se com o futuro de seu povo e a continuação de
suas conquistas preparando sucessores para seu exército e para o trono. Soube
lidar com a fama sem se envaidecer com elogios de seus admiradores. Foi manso
com os exaustores sem provocar inimigos, mas estava disposto a lutar quando era
afrontado.
2- Daniel: O profeta Daniel é um exemplo bíblico de jovem
comprometido com Deus, que perseverou e não foi vacilante embora estivesse
envolvido por muitas pessoas:
Mentores: seus pais (Daniel 2.23), livro do profeta Jeremias (Daniel 9.2).
Associados: Misael, Hananias e Azarias (Daniel 1.6).
Discípulos: Dario rei do império medo-persa (Daniel 6.28 e 11.1).
Simpáticos: Aspenaz o eunuco do rei (Daniel 1.3,9) e o próprio
Nabucodonosor (Daniel
2.46).
Exaustores: Sátrapas e prefeitos da Babilônia (Daniel 6.4).
Não sabemos de pessoas que tenham sido
mentores para Daniel depois que foi para a Babilônia, embora provavelmente
tenha recebido uma excelente formação na infância e falava muito de seus pais
em suas orações onde sete vezes menciona “Deus de meus pais” (Daniel 2.23; 9.6,8,16; 11.24,37,38).
Isso prova que os pais de Daniel forma seus mentores. Daniel também tinha
pessoas associadas que eram seus amigos que buscavam a Deus junto com ele. Fez
discípulos no reino onde era admirado e influenciou diretamente o reinado de
Dario o medo.
Daniel era um homem de “espírito
excelente” (Daniel 5.11,12), com certeza tinham muitos
admiradores e seguidores, bem como outros inimigos que o texto não descreve.
Foi fiel ao que aprendeu de seus mentores, companheiro inseparável de seus
associados, exemplar para seus discípulos, sábio com os simpatizantes
aproveitando as oportunidades e com os exautores mantinha-se firme preferindo
resolver as questões em oração do que discutir.
1- Paulo: O apóstolo Paulo foi um grande líder e estrategista da
Igreja e estava cercado de pessoas assim:
Mentores: Ananias (Atos 9.10-17), Barnabé (Atos 9.27 e 11.25-30)
Associados: João Marcos (Atos 12.25), Silas (Atos 15.40). Pricila e Áquila (Romanos 16.3),
Epafrodito (Filipenses
2.25), Pedro (Gálatas
2.7,8).
Discípulos: Timóteo (Atos 16.1-3), Silvano (I Tessalonicenses 1.1).
Simpáticos: Urbano (Romanos 16.9), Aristarco, Demas e Lucas (Filemom 1.24),
o governador Félix e sua esposa Drusila (Atos 24.24-27), Cláudio (Atos 23.26-30), Festo (Atos 25.24,25),
rei Agripa e Berenice (Atos 26.28-32), o centurião do navio (Atos 27.43).
Exaustores: Elimas o mágico (Atos 13.8-10), Himeneu e Alexandre (I Timóteo 2.20),
Tértulo (Atos
24.2-6), Demétrio (Atos 19.23-31), Alexandre o latoeiro (II Timóteo 4.14,15)
Paulo rapidamente se tornou um mentor para muitas
pessoas, mas com certeza manteve sua consideração por seus mentores. Dedicou
mais tempo aos associados e discípulos durante seu ministério aproveitando todas
as oportunidades com simpatizantes para que se tornassem seus discípulos
também. Com os exaustores, Paulo foi firme o tempo todo disposto a convencer
estas pessoas sobre a Verdade do Evangelho.
O apóstolo Paulo tinha um temperamento muito forte e
por isso a lista de exautores pode ser muito maior do que o descrito. O próprio
Pedro e João Marcos que foram seus associados, por ocasiões foram seus
exaustores (veja: Atos 15.37-39 e Gálatas 2.11-14), mas depois voltaram a ser
associados novamente. Em Listra, Paulo foi adorado como um deus e em seguida passou
a ser apedrejado pela mesma multidão (Atos 14.11 e 19), de associados passaram a exaustores em um
momento.
-CONCLUSÃO: Há pessoas que mudam de
posição no relacionamento. Começam como simpatizantes se tornam discípulos e
depois associados. Outros começam como associados e chegam a ser exautores. Também
é possível que um exaustor se torne discípulo. Precisamos discernir isso e
saber lidar com cada tipo de relacionamento.
Todos lidam com estes tipos
de pessoas todos os dias. Sabendo disso, aprendemos como conviver com cada uma
delas. Você pode ser um destes tipos em relação à outra pessoa.
Responda a estas perguntas:
Você sabe quem é o seu
mentor?
Quais pessoas são seus
associados?
Você tem discípulos?
Quem são seus simpatizantes?
Há alguém que está sendo um
exaustor em sua vida?
Vamos colocar estes relacionamentos
em uma escada. O início é quando você entre em
um grupo de pessoas e na vida cristã quando conhece o evangelho. Nos primeiros
degraus encontrará exaustores que procurarão você como possibilidade para exaurir
suas energias e também estará com pessoas legais, mas que não te levarão
adiante por que não querem prosseguir, são os simpatizantes. No meio da escada
você poderá tomar uma decisão, por continuar entrando no processo do
discipulado. Prossiga olhando para cima. Seu alvo é ser semelhante a Jesus. Haverá
outros discípulos subindo com você que podem ser seus associados e os mentores
estarão adiante apontando o caminho.
Não fique perdido em seus
relacionamentos. Defina seu papel diante de seus círculos de convivência.
Distribua bem seu tempo aproveitando-o com pessoas que possam te abençoar ou
que você esteja abençoando. Não despreze seus exautores nem se iluda com os
simpatizantes. Peça a Deus sabedoria para lidar com eles.
Seja discípulo de alguém e faça discípulos também!
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