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terça-feira, 1 de abril de 2014

O que eu não posso pregar

O que eu não posso pregar

-Tema: PREGAÇÃO
“ai de mim se não pregar o evangelho” I Coríntios  9.16
-Introdução: Diante da diversidade de pregadores atuais, o conteúdo e a forma da pregação da Palavra precisa orientado para não fugir ao propósito real e da dignidade do exercício da pregação.
Conforme disse o apóstolo Paulo com a expressão “se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho!” (I Coríntios 9.16). Com estas palavras entendemos que pregar, embora pareça bonito, não é uma apresentação e sim algo que a pessoa não tem que se gloriar, se torna uma obrigação e uma necessidade constante.
O pregador não pode deixar de pregar o verdadeiro Evangelho para pregar outra coisa como opinião ou modismos que são “vento de doutrina” (Efésios 4.14), podendo ser fiel à doutrina de sua igreja e pastor (Hebreus 13.9).
O assunto da pregação deve ser impreterivelmente a Bíblia Sagrada como ferramenta completa para toda a mensagem de Deus (II Timóteo 3.16).
O púlpito não é lugar de:
         -desabafo de problemas pessoais e da igreja;
         -brincadeiras, piadas e historinhas para distrair o público;
         -assuntos seculares desligados da Palavra como futebol, por exemplo;
         -falar de si mesmo, evite o excesso da expressão ‘eu’(II Coríntios 4.5);
O que eu não posso pregar?
Vamos refletir o que não podemos pregar:


1- O que não entendo: II Timóteo 2.15 “procura apresentar-te a Deus como obreiro aprovado, que não tem de que se envergonhar e maneja bem a Palavra da verdade”
A primeira coisa que o pregador não pode fazer é pregar algo que não entende. Um pregador precisa se preparar antes para saber o que vai dizer. É necessário estudar o assunto e ajuntar informações, fazer anotações e pesquisas para estar a par do que será apresentado. Antes de apresentar um tema, aprofunde-se o máximo possível.
Paulo orientou o jovem pastor Timóteo a procurar se preparar sendo aprovado no assunto para não passar vergonha e saber utilizar bem as Escrituras.
Se você vai pregar, não use um texto que acha difícil, basei-se em uma passagem que te dá segurança. Mas não se acomode, procure sempre aprender mais. Um grande obstáculo para aprender mais é achar que já sabe o que precisa.
Você tem pregado mensagens que compreende profundamente?
Estude bastante antes de pregar!
                              
2- O que não creio:  I Coríntios 2.4  “A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder”
O objetivo da pregação é gerar fé nos ouvinte porque “a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo” (Romanos 10.17). Charles Spurgeon, grande pregador que viveu no século XIX, diz que “Os sermões que tem a probabilidade de quebrantar o coração do ouvinte são aqueles que antes quebrantaram o coração do pregador”.
O pregador precisa transmitir confiança ao ouvinte. É necessário crer para então ensinar a fé. As doutrinas bíblicas essenciais devem ser nítidas na mente do pregador para a partir delas formar sua mensagem.
Também através da oração a fé do pregador é alimentada para transbordar aos seus ouvintes. João Wesley dizia que se enchia do “fogo e os outros vêm se queimar”. A origem da mensagem é a inspiração Divina dada pelo Espírito Santo.
Se você não crê em curas, prosperidade e outros temas famosos do momento, não pregue isso. Pregue a Bíblia. Baseie em assuntos básicos como amor, salvação, fé, oração, conforto e bênção. Assuntos que não são muito questionados e que não se esgotam facilmente.
Você transmite fé no que você prega?
Encha-se primeiro para depois pregar aos outros!
3- O que não vivo: Romanos 2.21   “tu, pois, que ensinas a outrem, não te ensinas a ti mesmo? Tu, que pregas que não se deve furtar,  furtas?”
Pior do que pregar o que não entende ou crê é pregar o que não pratica. Por isso Tiago orientou muito bem para ser “praticantes da palavra e não somente ouvintes” (Tiago 1.22). Francisco de Assis também ensinava dizendo "Pregue o Evangelho sempre, se necessário, use palavras".
Jesus “ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas (Mateus 7.29) porque vivia sua mensagem antes de pregar. Então não fale de perdão se você precisa perdoar, não fale de paciência se você é nervoso. Pregue algo que você faz. Seria como te dar uma receita de um bolo que eu mesmo nunca fiz nem provei. Ninguém acreditaria.
O testemunho de vida confere tanto poder à mensagem quanto a oração e a fé, pois a vida do pregador é analisada pelo público e suas palavras são endossadas pelo Espírito de Deus no coração do povo.
Você tem pregado o que vive?
Procure praticar o que pregar e pregar o que pratica!
Pregue o que entende, crê e vive!
-CONCLUSÃO:  II Timóteo 4.2 “prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina”
Nunca pregue sem orar!
Alguns dos maiores pregadores que já tivemos nos deixaram alguns conselhos úteis sobre pregação. Charles Spurgeon dizia que "Nada deveria ser o alvo do pregador a não ser a glória de Deus através da pregação do evangelho da salvação"[1].  Charles Finney aconselhava aos pregadores “Gaste muitas horas diárias na oração e na Palavra. Se falhares nisto serás um homem como outro qualquer”. João Wesley dizia “coloque fogo no seu sermão ou jogue seu sermão no fogo”.

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